Avaliação
O CIV promove a avaliação do currículo em função de dois pontos de observação distintos: a avaliação interna e a avaliação externa. Relativamente à primeira, a prioridade é dada mais à avaliação dos processos e menos dos conteúdos. Mais importante do que reproduzir informações sobre os conteúdos provenientes de uma unidade didática, importa avaliar a capacidade demonstrada pelos alunos para conhecer, representar ou resolver problemas. Os conteúdos são tidos em conta como desenvolvimento de processos.
No que se refere às avaliações sumativas, é seguida uma política de avaliação geral das competências dos alunos nos momentos de transição entre os diferentes ciclos de estudos. Mais formal, a avaliação pode assumir a forma de exames internos, escritos ou orais, mas sempre orientada para a avaliação dessas competências que se esperam adquiridas pelos alunos num ciclo de estudos. Os resultados são sempre divulgados e refletidos internamente. A avaliação sumativa das competências dos alunos (aplicação dos conhecimentos adquiridos para resolver problemas, interpretar um gráfico, fazer uma demonstração…) é um projeto que merece uma atenção especial por parte de todos os intervenientes e que é sempre sistematicamente avaliado no âmbito do projeto curricular.
A avaliação diagnóstica e a avaliação formativa assumem lugar de destaque nas metodologias do CIV por constituírem importantes instrumentos na definição de percursos pedagógicos mais eficazes e de acordo com as necessidades de cada grupo.
A autoavaliação é promovida desde o jardim de infância, por constituir uma competência essencial no progresso dos alunos – capacidade metacognitiva face ao processo de aprendizagem. A capacidade de fazer juízos sobre as próprias competências, conhecimentos e dificuldades é imprescindível num processo de formação.
Os Encarregados de Educação acompanham o progresso académico dos seus educandos, nomeadamente através das ações trimestrais de análise do progresso e desempenho dos alunos, através das fichas de avaliação intercalares e de final de período, ou através do atendimento semanal com o diretor de turma. Poderão ainda ser calendarizadas reuniões com dos docentes de cada turma, com o coordenador de escola e com o diretor pedagógico, sempre que oportuno.
Projectos de investigação
Os projectos de investigação são utilizados como uma metodologia para promover a aprendizagem dos alunos. Os professores desenvolvem vários projectos de investigação no domínio das ciências, da matemática, das artes, da filosofia, da literatura e das línguas maternas e estrangeiras.
Os projectos de investigação no CIV emergem de um ambiente dinâmico de investigação criado pelo pessoal que tem resultado em reflexão e consequente mudança de paradigma. A proposta do CIV para uma escola do século XXI inclui a promoção de uma abordagem transversal aos currículos, a organização de competências e a aplicação de conhecimentos actuais. Isto é promovido através da autonomia, da aprendizagem cooperativa, do compromisso com a aprendizagem ao longo da vida e da atualização das tecnologias de informação e comunicação.
Através de projectos de investigação individuais e em grupo, os alunos colocam questões, pesquisam, consultam e questionam várias fontes de informação, testam hipóteses, resumem a informação e apresentam as suas conclusões através de vários meios de comunicação. A apresentação formal dos projectos reforça a aprendizagem cooperativa, ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento global e valoriza todo o processo de aprendizagem.
O professor tem o papel de mediador/orientador, essencial na definição do percurso de pesquisa do aluno para a construção do conhecimento.
Resolução de Problemas
As propostas sistémicas do Projeto Educativo do CIV visam o desenvolvimento do pensamento matemático e da linguagem que se complementam e que se enriquecem mutuamente, enquanto áreas transversais à totalidade do currículo. É neste âmbito que surge o Projeto de resolução de problemas no CIV no Jardim de Infância, em 2011, com o qual se pretende desenvolver nos alunos a capacidade de pensar, mobilizando complexos processos cognitivos, considerados requisitos necessários para exercer uma cidadania consciente e crítica.
A resolução de problemas é uma atividade rica que envolve a capacidade de explorar, de compreender enunciados orais ou escritos, de parafrasear, de formular hipóteses, de mobilizar saberes de áreas diversas para superar uma dificuldade, de reconsiderar outros percursos a partir do erro, de partilhar informação e de trabalhar em grupo. A implementação de um projeto desta natureza exige a todos os envolvidos – equipas pedagógicas e alunos – uma articulação e diálogo permanentes. Trata-se, portanto, de um projeto rico e rigoroso que se afirma pela qualidade das práticas pedagógicas, que estimula a comunicação oral, levando os alunos a verbalizar os seus raciocínios, analisando, explicando, confrontando sistematicamente processos e resultados.
Entre os muitos desafios lançados a docentes e alunos, com este projeto procuramos desenvolver um ambiente de confiança e uma atitude positiva face à Matemática, promovendo a autonomia e a cooperação entre pares, ao longo da escolaridade.
Atualmente o projeto é dinamizado no Jardim de Infância, Primeiro Ciclo e Primary School e tem reflexos nos restante níveis de escolaridade.