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Programa Erasmus + Dublin – de que forma uma língua determina as aprendizagens

A professora e facilitadora de Filosofia para Crianças e Jovens, Laurinda Silva, esteve recentemente em Dublin, ao abrigo do programa ERASMUS +, a frequentar o curso English Language & CLIL (Content and Language Integrated Learning). Promovido pela Europass Teacher Academy e ministrado pela formadora Hellen Callanan, abordou “algumas técnicas de ensino da língua, em diferentes níveis e/ou idades, tendo o uso e exploração de imagens ocupado uma boa parte do curso.”

Atualizando o espírito europeu de partilha de conhecimentos e culturas, o curso decorreu sob a esteira de máximas como “se as palavras se traduzem, o mesmo não acontece com os conceitos” e “a frequência de um curso Erasmus implica uma capacidade de aproximação de formas de ação”. Como tal, numa sessão, devem ser convocados os diferentes tipos de aprendizagem mais fortes em cada aluno (o tipo “o quê”; “como”; “porquê”, “e se?”), assim como deve ser colocada uma proposta problemática, por forma a ser motivadora. Deste modo, desejavelmente, seguindo a taxonomia de Bloom, os níveis mais elevados como Avaliação e Criação serão atingidos. 

Segundo Laurinda Silva, “Hellen Callanan foi peça fundamental na forma como abordou as diferentes problemáticas que foram surgindo. A sua formação de base (e o seu carácter irreverente) permitiram discutir algumas problemáticas muito interessantes, como de que modo a língua determina a nossa mundividência, o nosso modo de pensar e as nossas decisões. Com formação de base em Direito, a formadora ficou fascinada pelas línguas e pelo poder que têm no âmbito judicial (mormente no arco países anglo-saxónicos, onde a dependência da argumentação e jurisprudência é mais evidente).”

“O mesmo tipo de problema está muitas vezes presente nas sessões de Filosofia para Crianças e Jovens”, acrescenta, “onde pensar em Português ou em Inglês (ou numa outra qualquer língua que não a nossa) pode conduzir a considerações diferentes acerca de um dado assunto.” 

“Assim”, refere ainda a docente, “do mesmo modo que lemos autores diferentes para sustentar as nossas teses, do mesmo modo que convocamos diferentes tipos de alunos para solucionar uma situação problemática, assim também devemos ouvir o Outro, (neste caso o outro, com uma língua e cultura diferente) para que atinjamos conhecimento.”